A Polícia Civil do Rio Grande do Sul revelou nesta sexta-feira (10/1) novos detalhes sobre o caso de envenenamento que envolveu a suspeita Deise Moura dos Anjos, destacando a crueldade e a frieza com que a mulher planejou e executou os assassinatos. Deise é acusada de envenenar três membros de sua própria família, incluindo sua sogra e seu sogro, com arsênio, substância adquirida pela internet. As vítimas morreram após ingerirem o veneno, e Deise também é suspeita de ter matado seu sogro com o mesmo método em setembro.
Durante coletiva à imprensa, o delegado Cléber dos Santos Lima, diretor do Departamento de Polícia do Interior (DPI), descreveu Deise como uma pessoa manipuladora e calculista, que agiu com total desprezo pelas relações familiares. “Ela agia com extrema dissimulação. Mesmo não tendo um bom relacionamento com a família do marido, logo após adquirir o arsênio, ela se fez de carinhosa, dizendo que estava com saudade da sogra e que queria vê-la. Ela foi até a casa dela com um cacho de banana, fazendo uma visita rápida, como se nada estivesse acontecendo”, relatou o delegado, evidenciando o comportamento frio da suspeita.
Lima também confirmou que a investigação é sólida. “Posso afirmar com certeza que ela pesquisou, comprou, recebeu e usou o veneno para matar as vítimas”, afirmou, destacando o caráter premeditado do crime. Deise, com uma precisão assustadora, escolheu suas vítimas dentro de sua própria família e orquestrou os assassinatos com detalhes meticulosos.
A diretora do Instituto-Geral de Perícias (IGP), Marguet Mittmann, foi ainda mais enfática, considerando Deise uma criminosa em série. “Ela cometeu homicídios em série e apagava qualquer vestígio que pudesse ligá-la aos crimes”, afirmou. De acordo com Mittmann, Deise pesquisou minuciosamente sobre o veneno e sobre como usá-lo, agindo com frieza e uma brutalidade impressionante.
A investigação segue, e a Polícia Civil continua buscando identificar se há outras vítimas que possam ter sido envenenadas pela acusada. Deise, que já foi presa, aguarda julgamento pelos homicídios, e o caso tem gerado grande repercussão na região, pela forma calculista e traiçoeira como ela manipulou sua própria família antes de cometer os assassinatos. A quebra de confiança familiar, aliada ao crime premeditado, expõe a dimensão da frieza e do desespero de uma suspeita disposta a matar sem qualquer remorso.
Texto: Divulgação