O discurso do deputado federal Capitão Alberto Neto (PL-AM) sobre fiscalização do dinheiro público parece não se aplicar a ele mesmo. Enquanto posa de crítico e fiscal da política, o próprio site da Câmara dos Deputados mostra que o parlamentar utilizou recursos da cota parlamentar para custear deslocamentos aéreos durante o recesso do Congresso Nacional, e para destinos que não são da sua “jurisdição” parlamentar levantando suspeitas sobre o uso indevido do dinheiro dos contribuintes.
Registros de despesas da Câmara dos Deputados indicam que, em 14 de janeiro de 2025, em pleno recesso parlamentar, Capitão Alberto Neto teve uma passagem aérea emitida no valor de R$ 1.492,57, custeada integralmente com dinheiro público. O trecho, de Fortaleza para Brasília, levanta questionamentos sobre o real motivo da viagem, visto que não há registro de atividade oficial do parlamentar nesse período. Nas redes sociais, o deputado publicou uma foto dois dias antes, mostrando que estava curtindo as férias com a família no Beach Park, que fica a 15 minutos de Fortaleza.

Já na volta dos trabalhos legislativos, outro bilhete aéreo emitido em 7 de fevereiro de 2025, também pago com verba da cota parlamentar, revela um deslocamento de Manaus para Brasília e, em seguida, para João Pessoa. O custo da passagem foi de R$ 1.490,07, também reembolsado integralmente com recursos da Câmara. O que o deputado foi fazer na capital da Paraíba com dinheiro público, sendo que o seu eleitorado é todo do Amazonas, Estado o qual deveria receber a sua atenção?

Essa contradição chama atenção principalmente porque o próprio deputado criticou recentemente a viagem do prefeito. Aí fica a pergunta: será que Capitão Alberto Neto estava fiscalizando algo para o povo do Amazonas em um dos maiores parques aquáticos do Brasil? Ou em João Pessoa?

O uso da cota parlamentar para fins pessoais pode configurar abuso de recursos públicos. Resta saber se o deputado dará explicações convincentes sobre o real propósito de suas viagens ou se tentará justificar o injustificável.

Fonte: Divulgação/Internet

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