Prefeitura de Manaus, por meio da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult) e do Conselho Municipal de Cultura (Concultura), realizou, nesta terça-feira, 26/11, o primeiro dia do Festival Literário de Manaus (Flim) 2024, com o tema “Entre rios e palavras”. O evento, que acontece no auditório do Parque Municipal do Idoso (PMI), bairro Nossa Senhora das Graças, na zona Centro-Sul da cidade, iniciou com homenagens aos 70 anos do Clube da Madrugada, seguido da obra e memória do escritor Márcio Souza e foi encerrado com a participação do escritor Milton Hatoum. 

Na abertura do evento, o presidente do Concultura, Neilo Batista, deu as boas-vindas ao público leitor presente. “Estamos no terceiro ano consolidando este evento basilar da literatura e das demais linguagens, com convidados tão relevantes da literatura local, regional e com expressão nacional e internacional”, disse Neilo.

Na mesa de abertura, o poeta e escritor Zemaria Pinto, fez a leitura de um artigo seu, em que pontua toda a longa e diversa obra e linguagens. “A obra tem várias vertentes e em todas ele foi muito bom no seu papel como intelectual”. Além da longa obra, ele destacou seu multitalento na literatura, cinema, teatro e estudos acadêmicos.

O decano em atividade pertencente ao Clube da Madrugada, Elson Farias, fez uma análise da profissão de escritor como uma atividade dura para sobreviver da escrita, mas vital como o ar para o autor. “A exemplo de grandes escritores brasileiros, eu resolvi ser funcionário público para bancar a sobrevivência da família, e construir uma carreira de escritor”, destacou.

Este ano, foram convidados três escritores nacionais: o romancista Milton Hatoum, que foi um dos destaques do primeiro dia, a poeta, geógrafa, escritora e cantora Márcia Kambeba; e o escritor roraimense, poeta, contista e dramaturgo Francisco Gomes Alves Gomes, doutor em Literatura, que farão parte das mesas de conversa na segunda noite do festival.

Além disso, três atrações artísticas encerraram o primeiro dia: o violonista Djedah, os poetas do grupo Clube Literário do Amazonas (Clam) e a dupla de cantores e compositores, Candinho e Inês.

Homenagem

Este ano, o Amazonas celebra os 70 anos do Clube da Madrugada, que foi o mais importante movimento de renovação da literatura e da cultura em geral em Manaus, fundado em 1954. A partir deste ano, o evento terá a homenagem a um escritor amazonense pelo conjunto da obra e relevância cultural e, nesta primeira edição, o escolhido foi o jornalista, dramaturgo, editor, roteirista, gestor cultural, professor, romancista, contista, cineasta e crítico de arte Márcio Souza, que morreu em 12 de agosto deste ano, aos 78 anos, deixando uma vasta obra literária, teatral, televisiva e  cinematográfica, além da atuação no jornalismo. 

Os convidados ministrarão palestras, participarão de mesas temáticas, além de outras atividades. Para as demais atividades, participarão 29 convidados locais, entre palestrantes/mediadores, dois apresentadores, além de dois intérpretes de libras e 16 performances artísticas.

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Texto – Cristóvão Nonato / Concultura 

Fotos – Valdo Leão e Clóvis Miranda / Semcom

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