Cristiny Isabella Garcia, 13 anos, teve sua primeira experiência de visitar um zoológico e conhecer os animais da fauna amazônica, na manhã desta terça-feira (14/01), no Centro de Instrução de Guerra na Selva (Cigs). A adolescente faz parte de um grupo de 35 crianças, de 5 a 13 anos, que estão participando da colônia de férias promovida pelo Centro Estadual de Convivência da Família Magdalena Arce Daou, no bairro Santo Antônio, zona oeste de Manaus, vinculado à Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas).
“Foi muito legal ver os animais de perto, sempre os via através de filmes. Adorei ver a onça em meio aos arbustos; os macacos são lindos: correm, se coçam e até riem”, detalhou Cristiny, afirmando que a Colônia de Férias está sendo muito legal por permitir que participe de várias atividades no decorrer desta semana.
O bico alaranjado do tucano foi o que mais impressionou Lucas Cavalcanti, 13 anos, na visita que fez ao Cigs. “Parece que à noite vem alguém e pinta o bico dele com uma tinta bem colorida, além dos olhos azuis”. A atenção do Lucas também se prendeu na onça, com detalhes pretos. “Dá um frio na barriga só de olhar”, admite.
As amigas Djoulisa Eliezer, 11 anos, e Fabiane Vicent, 11 anos, descendentes de haitianos, também participaram do passeio ao Cigs. As adolescentes foram nas áreas de visitação, entre as quais, o Aquário Amazônico, o recinto dos animais como jabutis, cobras, araras, papagaio, gavião, anta, capivara, macacos e outros.
“Achei tudo muito bonito, principalmente os macacos, andando com os rabos empinados”, disse Djoulisa Eliezer, afirmando que nunca havia visto de perto a maioria dos animais, somente fotos e vídeos. “Foi uma experiência espetacular”, disse.
Por sua vez, Fabiane gostou muito de ver de perto o tucano e a onça, já que só os conhecia pela televisão; gostou também dos macacos e da anta. Defensora da preservação das espécies, a adolescente defende que a mata é a casa dos animais. “Ninguém gosta que entrem em sua casa e o mate; mas é isso que se faz quando entra na mata para caçar; a carne que a gente come são eles”, lamenta.
A supervisora do CECF Magdalena Arce Daou, Laila Bruna Almeida, disse que a ida ao Cigs tem o objetivo de estreitar os vínculos entre as crianças e a equipe. “A intenção é propiciar lazer a essas crianças, ao qual não têm acesso, por conta da situação de vulnerabilidade social em que se encontram”, assegura.
Segundo Laila Almeida, a programação da Colônia de Férias foi traçada entre o Centro de Convivência e a Seas, visando oferecer às crianças e adolescentes não somente esporte e brincadeiras nas dependências do centro, mas o acesso a passeios nos pontos turísticos de Manaus. “São crianças da comunidade que já participam de atividades, assim como filhos e netos de pessoas que frequentam o centro”, disse.
Os Centros Estadual de Convivência da Família, um total de sete unidades, são administrados pela Secretaria de Estado da Assistência Social (Seas).
Texto e Fotos: Jimmy Christian/SEAS