Neste dia 15 de março, celebra-se o Dia do Consumidor. Uma oportunidade para conscientização dos consumidores em relação aos seus direitos, bem como ao consumo consciente. Dessa forma, o Conselho Regional de Economia (Corecon-AM/RR) divulga informações de prevenção ao endividamento e à inadimplência, bem como orientações de educação financeira, junto ao controle de gastos e à renegociação de dívidas.

Regras e normas regem o Código de Defesa do Consumidor, Lei Federal nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, que visa assegurar os direitos dos consumidores, com relação ao acesso à informação, além de incentivar as boas práticas empresariais, aumentar o acesso ao consumo consciente e fortalecer mecanismos de fiscalização. Assim, as informações devem ser claras e proporcionar qualidade e segurança para o consumidor, em todas as etapas do processo de consumo.

A presidenta do Corecon, Michele Aracaty, destaca que o Dia do Consumidor é uma oportunidade para as empresas promoverem campanhas para alavancar suas vendas. Porém, é importante que a sociedade tenha consciência em relação às práticas utilizadas pelas empresas.

“Muitas vezes, essas empresas fazem promoções do Dia ou da Semana do Consumidor, mas são muito parecidas com a Black Friday. Porque elas aumentam o preço do produto, para depois colocarem em promoção. No final, o consumidor estará pagando o valor real. Por isso, uma orientação importante é que o consumidor faça a sua pesquisa de preço e compare o antes e depois da Semana do Consumidor, para ter certeza se a promoção foi real ou não”, declara Michele Aracaty.

Ela explica de que forma o Corecon pode ajudar esses consumidores a buscarem orientações de prevenção ao endividamento e à inadimplência. “Nós, economistas, podemos ajudar por meio de ações de educação financeira, junto ao controle de gastos e à renegociação de dívidas. É importante que todos saibam a origem e o valor real das suas dívidas. Podem aprender ainda a elaborar o seu orçamento ou mesmo reduzir suas despesas, definir metas financeiras e acompanhar dia a dia tudo o que tem em relação às receitas e despesas”.

Esse é um dos pontos mais relevantes da educação financeira, acrescenta Michele, que é justamente a conscientização de que se deve ter um controle do orçamento doméstico. “Ter uma boa relação com o dinheiro é fundamental para combater o endividamento e a inadimplência”.

Renegociações

No período próximo à Semana do Consumidor, acontecem mutirões de renegociação de dívidas. Momento em que os consumidores terão uma nova oportunidade de se regularizar, sair do endividamento e também do vermelho. “Assim, poderão voltar a consumir”, completou a presidenta do Conselho de Economia, finalizando que os consumidores precisam ter consciência de que precisam eliminar gastos desnecessários e controlar, sobretudo, compras no cartão de crédito, além de evitar os créditos fáceis. “E um momento oportuno para parar e refletir sobre o consumo e sua realidade financeira”.

A conselheira do Corecon, Denise Kassama, complementou que, neste momento, recomenda-se prudência na hora do consumo. “Ainda estamos no primeiro trimestre e muitos ainda estão com orçamentos comprometidos, pagando material escolar, matrículas, IPTU, IPVA. Os juros ainda estão em um patamar bastante elevado. Então, é importante avaliar se realmente precisa adquirir o bem ou serviços e, em caso positivo, fazer uma pesquisa de preços no mercado. Além disso, em caso de parcelamento é importante que as parcelas caibam no bolso, sem comprometer as finanças da família”.

Psicologia econômica

Para o conselheiro Erivaldo Lopes, a psicologia econômica faz lembrar de diversas ferramentas para a tomada de decisões sensatas, como indivíduos, como consumidor, como família e até mesmo como empresário.

“Desde que o mundo é mundo, as pessoas de dividem em grupos de poupadores e não poupadores, consumistas e não consumistas e, agora, a grande novidade que percebemos nos últimos anos: investidores e não investidores. A diferença é que com o fim da inflação galopante, de dois dígitos, que tomavam de conta dos países e do nosso país, as pessoas perderam esse álibi como justificativa da sua desorganização financeira. Mas isso passou”, explica Erivaldo Lopes.

Ele completa que, mesmo nos dias de hoje, com a inflação abaixo de dois dígitos, as pessoas continuam desorganizadas economicamente. “O nosso país, do ponto de vista de investidores, é muito ínfimo, comparado com as outras nações. Ainda estamos engatinhando nesse processo. Isso que chamo a atenção. No Dia do Consumidor, que as pessoas se presenteassem, não só deixando de consumir, mas investindo, tendo uma terceira via de mexer com seu comportamento de consumidor e investidor. As alternativas no mercado são inúmeras. Hoje, você pode fazer investimentos de dentro da sua casa, com plataformas seguras. Quem é de baixa, média ou alta renda, todos podem ter a mesma oportunidade de investir. Que possamos pensar nas oportunidades de investir, além se consumir”.

Também está sendo disponibilizado o documento “Orçamento Familiar” para que os consumidores, de modo geral, possam organizar suas finanças. Trata-se de um modelo de orçamento doméstico mensal. Ele está dividido em três seções principais: Receitas, Despesas e Resultado. Na seção Receitas, você irá encontar: Lista as fontes de renda, como salários, aluguel, receitas financeiras e outras rendas, com colunas para valores previstos e efetivos. Em Despesas, você poderá detalhar os gastos por categoria (Casa, Compras para o Lar, Transporte, Educação, Vestuário, Saúde, Outras Despesas) e por semana do mês, com uma coluna para o total de cada categoria. Já em Resultado, será possível calcular a diferença entre as receitas e as despesas, mostrando o resultado previsto e efetivo.O objetivo é contribuir com a organização financeira dos consumidores amazonenses.

Para acessar a planilha, clique em: https://shre.ink/MVz5

Foto: Freepik

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